Veja como a SciCrop contribuiu, com tecnologia, para o resgate de milhares de pessoas em um dos maiores desastres ambientais da história do país
Aqui no Blog SciCrop, reservamos um espaço, para contar periodicamente, nossos cases de sucesso.
Geralmente, narramos a construção de projetos em que levamos ganhos e satisfação a nossos clientes através de nossa expertise em big data analytics.
Essas jornadas costumam ser marcadas por momentos de alegria e pela leveza da construção de relações amigáveis com clientes e parceiros.
Entretanto, em certas circunstâncias, esse clima de positividade dá espaço para uma abordagem mais séria e urgente de nosso trabalho.
Há aproximadamente dois anos e sete meses, um dos maiores desastres ambientais da história do Brasil foi uma dessas situações que levou nossa equipe ao seu limite: O rompimento da barragem em Brumadinho-MG.
Fomos uma das Startups a compor um grupo de Open Innovation, criado dias após o acidente, para ajudar nas operações de resgate e recuperação ambiental.
Na ocasião, em dois dias, a SciCrop construiu um módulo de analytics para mensuração de impacto ambiental que auxiliou no planejamento estratégico das operações de resgate a sobreviventes.
1 – O desafio: “Estimar o número de famílias afetadas e detectar áreas com riscos de deslizamentos.”
Imediatamente após o rompimento da barragem B1 em Brumadinho, na manhã de sexta-feira do dia 25/01/2019, toda a sociedade começou a se mobilizar para auxiliar as vítimas.
Empresas, sociedade civil e governos empenharam recursos e esforços para realizar doações e promover o resgate dos habitantes da região.
Infelizmente, em desastres dessa magnitude, é comum a queda dos sistemas de energia e comunicação nas regiões afetadas, o que acaba diminuindo a eficiência das ações de busca, tanto pela impossibilidade de fazer contato com moradores, quanto pela dificuldade em se organizar grupos de apoio.
Para contornar esse problema e dar mais assertividade ao direcionamento de recursos e equipes de resgate, o uso de técnicas de analytics era essencial.
2 – A solução: Levantamento de geoanalytics a partir de sensoriamento remoto para mensuração de impacto ambiental
Em uma corrida contra o tempo, juntamente a um grupo de Open Innovation criado por Startups da área de tecnologia, a SciCrop colocou seus conhecimentos em analytics a prova.
Ainda na tarde de sexta-feira, dia do rompimento, com o apoio fundamental da ENGESAT IMAGENS DE SATÉLITES e da Airbus Defence and Space que cederam as imagens de alta resolução, a SciCrop implementou em tempo recorde, um dashboard interativo cujos dados permitiram entender as áreas com maiores danos, e inclusive, determinar onde poderiam ser feitas áreas de dragagem.
Unimos também, dados de propriedades impactadas, através do CAR e do INCRA – Ministério do Desenvolvimento Agrário , e por fim através da mediação de Caique Paes de Barros, utilizamos bases do IBGE para monitorar pequenas propriedades rurais e fazer estimativas sobre o número de famílias atingidas e suas prováveis localizações.
Veja abaixo o funcionamento do módulo.
3 – O resultado: Melhor coordenação nas ações de resgate e recuperação ambiental a partir de insights providos pelos dashboards
Além de nos dar uma boa idéia sobre a grande destruição ocorrida nas áreas, nosso levantamento foi fundamental para auxiliar, de forma ágil, no planejamento estratégico do resgate e reparação das vítimas.
Ao conhecer o número de pessoas afetadas e os pontos de maior probabilidade de incidentes, equipes puderam empregar a quantidade correta de membros e diminuir esforços com buscas. O apontamento de áreas com alto risco de deslizamento e novos rompimentos permitiu com que os trabalhos fossem feitos de forma segura.
A identificação de áreas de dragagem também agilizou a recuperação ambiental das áreas e facilitou a mobilidade de equipes e sobreviventes na região.
Neste triste episódio, que será lembrado por gerações, a SciCrop deixou seu legado e mostrou como a iniciativa privada e as novas tecnologias, podem mudar o resultado das buscas e reparações.
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